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sábado, fevereiro 04, 2006

23-6-1984


[O que eu quis dizer então com isto? Não tenho ideia. Mas resolvi não omitir nenhum dia dos diários]

Pegaram-lhe fogo! Pegaram fogo ao rastilho. Vai queimando lentamente até chegar a mim. Eu sei que vai, vou explodir..., porque eu possuo-a. Possuo a pólvora em bruto. Ao explodir deixarei sementes... e vós... pobres de vós!! Vós morrereis também, cegos pela minha semente que vos destruirá..., assim como me destruíu.
Poucos restarão. Esses construirão um mundo belo, esplendoroso... um mundo liberto da semente... e de todos vós... e de mim também.
Neste meu último momento, desejo-vos apenas: morram em paz!
Não!! Não é possível, chove, chove muito agora... não mais será possível salvar o mundo.
Esta chuva não molha..., magoa... e eu, eu choro... Ela também errou, esta chuva vinha para fazer viver a minha semente e fazê-la singrar até estar apta a destruir. Mas não, ela apagou o rastilho.
Quem chora agora é ela, a chuva... que não molha, mas magoa... e eu choro com ela.
[pintura: Visão após o sermão (Jacob lutando com o Anjo) c. 1888 por Paul Gauguin]

1 Comments:

  • Qual o critério de selecção das imagens?
    Continua a escrever que eu estou cá para te vir ler.

    By Anonymous Anónimo, at 16:05  

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